Circuito SESC de Artes 2022. Mensagens de Mulheres Sábias



“eu não sabia que uma mensagem poderia chegar com vento... isso é muito interessante....”
participante da intervenção Mensagens de Mulheres Sábias


Primeiro “Ativar a Praça”!
Do quarto do hotel, chega uma mensagem pelo grupo de zap do @alexandrervasques: pessoal, vamos fazer a ativação da praça às 16h.


O circuito SESC ativa praças muitas vezes não sentidas como um espaço de encontro e compartilhamento, atravessamos o espaço público em estado de alerta, eliminando cada vez mais a possibilidade de convívio. 

E, de repente, pouco a pouco, toda a equipe do Circuito SESC (técnicos, produtores, programadores e artistas) vai “ativando” uma outra possibilidade de espaço público. Não mais o do si, o das vidas privadas isoladas, mas sim o lugar da experiência comum, do manancial perene e abundante de histórias e experiências coletivas que corre por debaixo da nossa memória isolada....

Falando mais especificamente da poética do Coletivo As Rutes, nossa primeira inquietação é a de trabalhar com possibilidades que integrem artisticamente o relato universal e as histórias do tempo presente, cotidianas.  Desejamos desta maneira acessar o que nos é ancestral pela expressão do novo. Diz Luiz Antônio Simas sobre Encantamento:


(...) encantar é expressão que vem do latim incantare, o canto que enfeitiça, inebria, cria outros sentidos para o mundo.” O encantamento é um “(...) ato de desobediência, transgressão, invenção e reconexão: afirmação da vida, em suma. A gerência de uma vida praticada em conexões plurais por uma perspectiva contrária à diversidade produz o desencanto: perda de vitalidade, que reifica as raízes mais profundas do colonialismo.” 

Nosso foco (nesta intervenção) são as mulheres. 
As mulheres, o Encantamento, a Magia. Uma “magia” cuja maior virtude está na satisfação de dois desejos humanos: o de sobreviver aos abismos do tempo e do espaço e o de manter uma comunhão com os outros seres viventes (ref: Tolkien). Ouvir mensagens que chegam o vento, imaginar um outro mundo, tão melhor que esse, ser nutrida pelas palavras (cartas) de outras mulheres, pedir ajuda, ajudar e verdadeiramente sentir que a sabedoria é, primeiro de tudo, uma estratégia de sobrevivência. 
Tudo isso por meio da Arte.

Sentimos as mulheres cansadas  Sabemos o porquê: o patriarcado destrói a saúde mental das mulheres. É impossível lidar com os mecanismos de controle dos nossos corpos, com toda a violência, sem adoecer. Estamos atentas. E temos a esperança de ter “ativado” por alguns poucos minutos essa rede de mulheres que com ousadia, raiva, cansaço, medo, alegria e prazer puderam ouvir, pelo próprio coração, essa outra história que pede para ser contada. 
Precisamos narrar a nossa história: para nós mesmas, em uma praça no interior de São Paulo, para uma amiga, em um livro, na política, na ciência, na arte, em todo canto. Nos posicionando exatamente como somos e com uma imaginação (criadora, libertadora, teimosa) sobre tudo o que ainda podemos ser.

Se você encontrou com a gente ou recebeu uma carta nossa escreve para gente contando como foi esse encontro 
no asrutes@gmail.com

Essa foto é do Guilherme Silva @guijsilva 

Quem esteve nas ruas?
@carol_bahiense @cristiana_ceschi @daniellebarros._ @talita.collado @vivi_x_marques 

Quem escreveu as cartas?
@omundo2anaroxo e @shu.maria

Quem fez a ilustração e o design de todo material?
@sierraleona

#CircuitoSescDeArtes2022 e #Circuito2022 @sescsp e @sescaovivo

Receitas para Sonhar na Quarentena . para o SESC Saúde

Em 05/2021 fomos convidadas a fazer uma série de vídeos que falasse sobre a importância do Sonho e do Sonhar na pandemia.

Ficamos muito felizes com esse trabalho, processo e resultado.

Abaixo, a devolutiva cuidadosa da programadora Suellyn (SESC Piracicaba) sobre o nosso trabalho:

Escrevo para agradecê-las pela produção desses quatro vídeos quem, sem versos rimados ou métricas, são pura poesia.
Cada episódio, visto individualmente, se completa por si só. Porém, vistos em conjunto, temos uma quinta narrativa que se desenvolve e cresce, transitando desde o mais onírico ao mais palpável (ou, pelo menos, passível de ser realizado), e também desde o mais individual para o mais amplo do coletivo. E esse trânsito está muito bem amarrado.
No primeiro, cujo foco está no onírico e no individual,  sua fala já dá a deixa para o final, para o sonho desejado e para a coletividade, que está presente em todos os episódios: o sonho que alimenta nossa saúde individual e do planeta, o conhecimento dos povos ameríndios, o mapa dos sonhos e as tantas metáforas da rede. 
Aliás, a rede me parece uma narrativa dentro da narrativa: começa com seu sentido denotativo (e, enquanto tal, pode provocar o sonho do sono) e segue para o conotativo do barco, do casulo, até chegar à ideia mais ampla do que é viver em rede, encerrando lindamente este episódio e toda narrativa dos quatro com a metáfora da pipa no escuro. Não ver a pipa no escuro, mas senti-la (que é mais do que "acreditar" e do que "saber" que ela está lá), é de uma delicadeza enorme; a metáfora mais linda que vi sobre a morte física.
A metáfora da terra fértil e do casulo, além de  dialogarem entre si, também retomam (ou reforçam) a ideia de indivíduo que faz parte de um coletivo, ambos regidos por um ciclo. E assim te, vocês falam de sustentabilidade, sem citar esse termo ou qualquer referência direta a ele.
Vocês usaram muito bem os elementos que têm à mão (o quintal, os objetos de casa, o céu), as habilidades de cada uma (as ilustrações lindas, as performances) e a edição toda; em um contexto fora da quarentena, toda a qualidade e a beleza da produção se mantém a mesma.

Enfim, muito obrigada a todas por aceitarem fazer essa proposta (com pouco tempo para produção) e por fazê-la com tanta leveza e poesia.






FICHA TÉCNICA

para o @sescsaude
performers: @carol_bahiense e @cristiana_ceschi
ilustração: @beatrizfalleiroscarvalho
edição: @cascas.__ e Gabriela Billwiller
trilha sonora original: @carol_bahiense

PONTO DE ENCONTRO . para virada cultural 2019

Naquela noite, alguém sentia uma leve (grande, mas não podia dizer) FALTA.
Também tinha alguém que poderia oferecer um poema, um abraço, uma carta de amor, um passo de dança, um truque de mágica, um bom conselho.
Então...Nesse instante.... você pode ser uma outra pessoa.... Experimenta?? Imagina se você soubesse fazer magia? Recitar poemas? Dançar muito bem? Dizer o melhor conselho?
Nesse instante tem um bilhete secreto para você...acredita?
É agora
o Encontro!!!
o nosso PONTO DE ENCONTRO nesse tempo e espaço do afeto.













Ação "ponto de encontro" especialmente criada para a Virada Cultural 2019 no SESC Bom Retiro.
estamos também no instagram - @asrutes
Atrizes/narradoras convidadas: Danielle Barros e Sandra Lessa.
Design de placas e materiais: Fernando de Almeida.
Costureira: Benê Calistro
Foto: Xica Lima e Matheus do Val.

Pedal Belém . Território Sombrio . Virada Cultural 2018

MODO DE FAZER
{cidade encantada / campo mítico}
Região: Zona Leste de São Paulo

"Este relato não está validado por um rastro físico ou um agregado na paisagem. É sempre um processo de alquimia que converte o roteiro em uma ação, uma ação em uma fábula, e uma fábula em um rumor, graças à multiplicação de seus narradores". (Francis Alys)

As fotos abaixo são da intervenção “Pedal Belém – Território Sombrio”.
Fomos convidadas a montar um percurso “assombrado” para a comunidade de ciclistas que fraquentam o SESC Belenzinho na Virada Cultural – São Paulo - 2018
Depois de tudo, deu vontade de escrever sobre o que vivemos quando buscamos conhecer o que “nunca aconteceu mas sempre existiu” no espaço cheio de camadas da cidade.
Esse relato quer estruturar um aprendizado.
Um modo de fazer.
São dez anos de pesquisa e prática.
Seguem aí os passos de um caminho.

Começa assim:

1.    CURIOSIDADE : o que você quer saber? o que pede para ser dito?
Parece tolo dizer, mas: é preciso querer saber. De verdade.
São muitos os caminhos mas o que eu desejo saber é a minha principal bússola.
Estar aberto para esse desejo é conversar com o entorno e também estar pronto para o que pede para ser dito. 
É como estar no controle da embarcação e ao mesmo tempo ser levado pelo vento, pelo mar.
Em nossas ações percebemos que nossa curiosidade nos faz encontrar algo que está pronto para aparecer, esperando uma brecha. 
Algo de uma camada mais profunda, para muito além do aparente.

2.    PERGUNTA SÍNTESE : principal dispositivo de escuta.
A pergunta é muito importante, o que exatamente eu quero saber?
Não é somente o que quero saber mas como pretendo “beber” desse conhecimento.
Por exemplo, nessa intervenção em que adentramos no campo mítico da Zona Leste de São Paulo, chegamos nesse território com uma lista de perguntas que giravam em uma espiral em torno de uma principal:
“o que te assombra?”
Como e porquê fazer essas perguntas faz toda a diferença.
Nos apresentamos como “pesquisadoras dos assombros humanos”.
Nesse momento nosso intuito era traçar uma cartografia dos medos compartilhados, as histórias de uma experiência comum, do manancial perene e abundante das histórias coletivas que corre por debaixo da memória isolada das pessoas que habitam a cidade.
Ouvir é fazer jorrar essa fonte.
Entramos nesse mundo ainda desconhecido como um respeitoso viajante e não como um explorador em busca de respostas que encerram um assunto, explicam algo.

Não é solução ou dissolução do medo.
É ir fundo nele.
Re-velar os mistérios.
Através da metáfora e da poesia “velar de novo”, tomar conta desse mistério, ser íntimo do que é oculto e saber compartilhar através de símbolos o que seja saboroso e nutritivo àqueles que se reconhecem em um determinado sentimento, que é igual e diferente para cada um. 
Do senso comum para a comunhão.

3.    COLETA : registrar o que nunca aconteceu mas sempre existiu.
Ouvir e registrar com entusiasmo e respeito vozes emudecidas, difíceis de ouvir.
Vozes que são muito facilmente desconsideradas.
Tem espaço em nós para isso? Para coletar e registrar essas vozes?


Transcriar o que ouvimos significa deixar passar por nós.
Eu consigo? Tenho maturidade e disponibilidade afetiva para isso?
Aqui é o momento de decidir  se vamos ficar com a pergunta e suas reverberações ou se seguimos adiante com tudo que recebemos para transpor poeticamente algo novo. 
Encontrar a outra forma.

4.    ADORMECER/SONHAR: deixar espaço para o mundo interior soprar as pistas.
É um tempo necessário de gestação, algo que cozinha dentro e fora, tempo de deixar germinar. Dados de uma "realidade" se ampliam e mergulham na ficção, ou melhor, em outra realidade, na imaginação.

5. LINGUAGEM : qual a poética?
Finalmente juntar os artistas que irão participar da intervenção.
Momento de identificar e valorizar as singularidades de um grupo, o que cada pessoa oferece como qualidade humana e poética. Qualidades que sustentam e encaminham com liberdade e beleza as vozes antes emudecidas.
Os artistas ancoram e inspiram a partitura da performance.
A escolha e composição do grupo é muito importante.


6. PARTITURA/ROTEIRO: conversar/café/treinar.

Dar ordem ao caos e deixar fluir.
Encontrar os parceiros, conversar, tomar café, abrir mão de muita coisa, ver na prática como fica, ficaria, abre mão de novo, morre um pouco, con- fia no fundamento, no que funda o trabalho e daí faz novas escolhas, bate o pé no que sustenta o trabalho, segura firme na urdidura, sempre ciente: nunca está acabado, está Vivo.

7. PROLIFERAR: ser veículo, ser inteiro.


Aquilo que o ator não faz é interessante.
(Zeami) 

Preservar silêncios.
Entrar em estado sincero.
Estar dentro da experiência.
Saber segredar.
Encontrar para, logo em seguida, desaparecer.
Sem aplauso.

Nutrir em Esperança sempre.
Mensageiros de novos possíveis.


Relato de Cristiana Ceschi para Beatriz Carvalho 
(com quem aprendi a ver o invisível e amar o desconhecido).


























Concepção e direção: Cristiana Ceschi
Performers: Cristiano Meirelles, Esio Magalhães, Josiane Geroldi, Julia Barnabé, Marcelo Cozza, Melissa Panzutti.
Produção: Thalita Facciolo
Foto: Xica Lima


Mensagens de Mulheres Sábias . Inauguração do SESC Avenida Paulista .

Um depoimento da nossa fiel escudeira.
Parceira valiosa que acaba de entrar para as Rutes.
Imaginem só a felicidade...
Thalita Dolores 
A arte da interação com a arte. 
Minha experiência ao lado das poderosas Rutes em "Mensagens de Mulheres Sábias" me fez perceber a transformação que uma intervenção artística pode fazer na rotina de uma pessoa.
Ao observar o comportamento do público que, nesta ação, tem a permissão, em nome da arte, de entrar no portal mágico de suas memórias, posso dizer, pelas lágrimas sorridentes que presenciei, o poder que a referência feminina tem em todos nós.
A arte tem endereço, e com certeza é bem dentro da gente que ela mora.
Parabéns às Rutes, que resgatam essa emoção e convidam as pessoas a transformarem suas inspirações em uma mensagem artística que vai chegar a quem por destino merecer. 










. Cartão Portal na inauguração do SESC 24 de Maio . sobre a Experiência .




. Um fio por sobre o tempo .

de Cristiana Ceschi para Alba Stela

Sou paulistana, filha de uma baiana com um são carlense.

Já dei algumas voltas pelo mundo, mas (ainda) não quero viver longe dessa cidade/labirinto chamada São Paulo.
Labirinto tanto pode ser aquela configuração espacial onde nos perdemos inconscientes, desesperados e somos encontrados por um monstro faminto que nos devora, quanto um lugar em que você se perde mas é portador de um fio, a linha de Ariadne, o fio do discurso, da história, aquele que nos ajuda a passar pela experiência, ser iniciado e encontrar o caminho de volta, sair de lá renascido, transformado, mais vivo.

Nos dias 19 e 20 de agosto, na inauguração do SESC 24 de Maio, descobri algo mais sobre esse fio de Ariadne que me ajuda a persistir nessa cidade desordenada, opressora e para muitos - monstruosa.
Bem pertinho do prédio onde está o SESC, lá na rua dom José de Barros, em 1982, meus pais abriram uma livraria especializada em livros importados. Lembro bem de ficar com eles no escritório, batendo carimbos, grampeando folhas, fazendo colares de clipes... era um tempo bom, de prosperidade.
Com a chegada da internet a pequena livraria foi perdendo seu lugar. Tudo ficou tão rapidamente complexo e ficamos soltos (ou presos) na rede de conexões online. O trabalho dos livreiros já não era mais tão necessário. Para comprar livros importados bastava (e basta) uns cliques no site de busca.
O ofício dos livreiros se reinventou mas a pequena livraria foi engolida. Foi um tempo bem difícil...a estabilidade escapou muito rapidamente pelos dedos e não havia fio que pudéssemos segurar. Ao mesmo tempo sei que meus pais forjaram a saída do labirinto...Como fizeram para sair não me lembro muito bem....
O que eu lembro é que no olho do furacão minha mãe tinha uma saída usual: passear na loja de departamento da antiga Mesbla. Quando ela se sentia cansada, triste ou amedrontada, corria para o subsolo onde ficava a sessão de roupinhas de bebê. Não comprava nada, só ficava por lá um tempão segurando as roupinhas até se acalmar.
Foi lá também, na 24 de Maio que em 2007 arriscamos nossas primeiras intervenções na cidade. Começamos a trabalhar nas ruas por um gostar de ouvir. Conhecer o que ainda não foi contado – as histórias residuais. Residual menos como resto de algo e sim como aquilo que excede: o imaterial oculto que permanece depois de esvaziado o senso-comum.
E criamos dispositivos de escuta para isso: placas, cabines, perguntas, apostando na eficiência transformadora que a nossa ação pode ter: algo simplesmente tem que acontecer!

Nossa pesquisa partia e parte sempre de um dado de “realidade” - a cidade e sua estrutura, os campos de força que ali se estabelecem, vamos coletando sensações e imagens ancoradas por uma pergunta norteadora: qual o espírito desse lugar? Esse algo que pode ser evidente mas pouco compartilhado? Essa substância que anima os lugares e sustenta a ações cotidianas?
Quando realizamos as ações no centro de São Paulo aprendemos a perfurar o senso comum para alcançar o lugar da comunhão, esse lugar do campo mítico, do que pensa e acontece através de nós. Nesse lugar de possibilidades não existe receio. Existe o Encontro e o sentimento de pertencer e de voltar da aventura com a alegria de ter reinventado as vidas.
E nesse final de semana, dez anos depois de ter formado o coletivo, fomos convidadas pelas meninas do Turismo Social do SESC a participar da inauguração do SESC 24 de Maio - construção belíssima aproveitada do antigo prédio da Mesbla - com a nossa intervenção CARTÃO PORTAL.
Nessa intervenção a Porteira Celeste e a Zeladora Celeste caminham pelos espaços em busca de PORTAIS e, depois de estabelecer o campo do Encontro, entregam para os participantes um PORTAL que é só dele junto com a chave de entrada: um cartão portal. Não vou explicar toda a ação pois um dia você leitor pode participar dela e estragaria a surpresa.

Bom, mas antes de terminar esse texto preciso pelo menos tentar dizer o que foi que eu descobri ou lembrei nesses dois dia de trabalho.
Foi uma tomada de consciência sobre aquela pergunta lá de cima: como meus pais sobreviveram ao labirinto, ou melhor, como todos nós sobrevivemos?

Nesse dias, ouvindo as histórias dos participantes sobre seus portais e circulando pelo o que virou o prédio da Mesbla, me dei conta primeiro de que eu gosto do centro de são paulo e volto para o Labirinto principalmente na tentativa de dar ordem ao caos, de recuperar uma certa unidade perdida. Nessas histórias que contamos e que me contam (eu já sabia) está o fio de Ariadne.... Só não tinha uma dimensão material da transversalidade do tempo, não tinha assim claro que eu ofereço e tomo um fio infinito que está para muito antes e muito além das minhas mãos. Nesse portal e junto do outro estou tão salva e inteira quanto minha mãe segurando um vestidinho lá no subsolo.
Subsolo daquele enorme prédio, da minha mãe e de mim mesma.
Texto: Cristiana Ceschi
Performers: Cristiana Ceschi e Melissa Panzutti
Fotos: Stela Handa


. mensagens de mulheres sábias . intervenção postal .




"ser jovem enquanto velha e velha enquanto jovem"

Mulheres compartilham sabedorias em bilhetes e cartas.

Estratégia: 

Utilizar na troca postal atributos (de grandes mulheres) que sabem viver a vida plenamente, são eles:

1) ser sábia e não saber.

2) ser espontânea e rigorosa.
3) ser confiável e doida.
4) abrigar o tradicional e desabrochar o novo.

(inspirado no livro de Clarissa Pinkola Estés - a ciranda das mulheres sábias)
performers: Cristiana Ceschi e Emilie Andrade.

ilustração: Beatriz Carvalho.
design: Fernando de Almeida.

na área de convivência do SESC Carmo
obrigada a todas as mulheres que trocaram cartas e bilhetes, obrigada a equipe carinhosa do SESC Carmo em especial o Laudo Junior.

foto: Henrique Fonseca